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“... De tudo vai rolar, decerto que as pessoas querem se conhecer...”

  • Foto do escritor: Camila Monteiro
    Camila Monteiro
  • 13 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Mulher cumprimenta homem com um aperto de mãos.
Mulher cumprimenta homem com um aperto de mãos.

Conhecer gente nova é bom, né? Não, não é! Desculpa, mas se eu pudesse pular direto pra parte da conversa, eu pularia, sem dúvida!😆😫🤪😡... Calma, amo me socializar, sou boa nisso, porém, ser apresentada pra alguém é algo que me demanda muita energia e, por isto, é o 2º maior problema que enfrento como DV. Vou explicar: quando a gente enxerga muito pouco ou não enxerga, o processo do simples “prazer em conhecer” é desconfortável e, às vezes, até, constrangedor, visto que, o que engloba esse ato é muito visual.

Apertar a mão, dar 2 ou 3 beijinhos, olhar diretamente nos olhos do novo amiguinho, são coisas complicadas por não estarmos familiarizados com a voz ou com qualquer outra característica que identifique a pessoa. Além disso, precisamos ter certeza se esta pessoa está com as mãos livres... Ok, parece ridículo ou óbvio, mas é verdade!😟😊☹️! Quando não estamos atentos a detalhes como bebidas, comidas, sacolas, bolsas, e até pets ou bebês, acidentes não só cômicos como trágicos podem acontecer! 😖😨😓😫!

Queimaduras, manchas nas roupas, quebra de objetos, ou machucados e sustos nos seres vivos são resultados que podem surgir, caso atitudes simples não sejam tomadas antes das devidas apresentações... A primeira dica é dividir a responsabilidade com o amigo/conhecido/parente que vai te apresentar pro desconhecido... É fundamental que seja comunicado o fato de tu ser DV, o que não significa que a pessoa deva saber teu diagnóstico e história de vida antes mesmo do primeiro “oi”! Pelo amor de Deus, nada de transformar este momento em um bicho de 7 cabeças!!😒😞😯.

Não somos seres de outro planeta, nem ameaças de desastre nem feitos de porcelana prestes a quebrar a qualquer momento: somos ótimas companhias e super agradáveis... Eu sou, pelo menos!🤣🤥🤭🤔! A única coisa que precisa ser feita é informar, sem alardes ou floreios, até porque a deficiência é só uma das tuas características, logo, ela não te define! 😜.

E, exatamente por isso, dou a segunda dica: principalmente tu, DV, deve falar que tem este diferencial no primeiro contato, perguntando se a pessoa tá com algo ou alguém nas mãos, por exemplo, porque, assim, a tensão diminui e tu comenta teu problema de forma natural, trazendo leveza e calma pra essa hora tão bacana... Afinal, a deficiência é tua e não da pessoa que vai te apresentar, mesmo que ela possa, e deva, também passar a informação!😁😎. Espero que as dicas te ajudem e contribuam pra que a tua socialização seja cada vez maior e sem tanto stress.😆😙😙

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