Como lidar com as pressões machistas da sociedade?
- Camila Monteiro

- 29 de jul.
- 2 min de leitura

“… ai meu Deus como eu queria que essa cabra fosse homem, cabra macho pra danar, ah, mamãe, aqui estou eu, mamãe, aqui estou eu, sou homem com H, e como sou….”
Escola de Solteiras: filme, Netflix.
Quer dar umas boas risadas e refletir, de forma leve, sobre machismo e convenções sociais? Então, este filme é uma excelente dica.
Ele conta a história da Ana, uma mulher com um pouco mais de 30 anos de idade, louca pra casar com o Gabriel, seu namorado há 10 anos. Acontece que, mesmo após dar várias indiretas e, finalmente, pressioná-lo pra tomar uma decisão a respeito do casamento, ele termina a relação, deixando Ana ainda mais desesperada.
Ela se dá conta que quase todas as suas amigas já estão casando e, pra completar, em um evento familiar, descobre que sua prima mais sem graça também está a caminho do altar. Ao questionar a futura noiva sobre como conseguiu deixar de ser solteira, Ana recebe a indicação de uma Escola de Solteiras, cujo objetivo é preparar as mulheres pro papel de esposa perfeita. Durante o curso, as alunas aprendem a seduzir, agradar e conquistar o homem que quiserem, com a garantia de um pedido de casamento no final das aulas.
Lucila, a professora da Escola, deixa claro que suas alunas precisam fazer de tudo para agradar os seus homens, mesmo que isto não agrade a elas mesmas: modo de se vestir, o que pode e o que não pode nos primeiros encontros, o que falar ou escrever em telefonemas ou mensagens, sempre saber primeiro o que os pretendentes gostam, como comida, hobbies, por exemplo, para acompanhá-los, enfim, vale tudo pra ser uma mulher casada.
O filme é bem engraçado, a protagonista se atrapalha bastante neste processo, mas, ao mesmo tempo, cria amizades bem fortes com as colegas de curso, que são um espetáculo a parte. A professora, apesar de dar um show de machismo, consegue mostrar o seu lado amargurado, desacreditado do amor, e isto faz com que a gente crie uma empatia pela personagem, além de achá-la engraçada em muitos momentos.
Cassandra Ciangherotti como a Ana, Pablo Cruz como Gabriel, Gabriela de La Garza como Lucíla, são alguns dos nomes que abrilhantam esta história cheia de graça e significado.
Uma bela opção que mescla amizade, os desafios e tabus ainda vividos pelas mulheres na sociedade, a cultura machista ainda presa na nossa história, a importância do amor próprio e da elevação da autoestima e os pontos positivos e negativos de ser solteira e de estar em um relacionamento.
Bora se divertir e pensar em uma hora e 35 minutos! 😀☺️








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